sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TECNOLOGIA - Impressão em 3D

Uma boa notícia saiu nos últimos dias: a brasileira Luiza Silva conquistou o segundo lugar numa competição internacional de design com o projeto de uma impressora 3D para crianças produzirem sua própria comida.

Luiza Silva, 24, durante evento de premiação, realizado na Suécia em 16 de outubro. À direita, o protótipo da impressora 3D para produção de comida. Divulgação Eletrolux
O uso de impressoras 3D, ou também conhecido como Prototipagem Rápida, vem crescendo cada vez mais entre os designers. É uma forma de tecnologia de fabricação aditiva onde um modelo tridimensional é criado por sucessivas camadas de material. São geralmente mais rápidas, mais poderosas e mais fáceis de se usar do que outras tecnologias de fabricação aditiva. Oferecem aos desenvolvedores de produtos a habilidade de num simples processo imprimirem partes de alguns materiais com diferentes propriedades físicas e mecânicas. Tecnologias de impressão avançadas permitem imitar com precisão quase exata a aparência e funcionalidades dos protótipos dos produtos.




Nos últimos anos, as impressoras 3D tornaram-se financeiramente acessíveis para pequenas e médias empresas, levando a prototipagem da indústria pesada para o ambiente de trabalho. Além disso, é possível simultaneamente depositar diferentes tipos de materiais. A tecnologia é utilizada em diversos ramos de produção, como em joalheria, calçado, design de produto, arquitetura, automotivo, aeroespacial e indústrias de desenvolvimento médico.

Tal uso facilita rapidamente a visualização de possíveis erros que um projeto mais complexo possa vir a ter, e como mostra o próprio concurso da Eletrolux, em breve esta tecnologia estará mais acessível aos usuários!

PARA SABER MAIS:
Brasileira Ganha Prêmio Internacional - http://migre.me/gE3up
Impressora 3D auxilia na reconstituição de rosto - http://migre.me/gE3z5
Projeto europeu para peças em metal - http://migre.me/gE3By
Como funciona a impressão em 3D - http://migre.me/gE3E1
Impressora 3D doméstica - http://migre.me/gE3MM

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sobre Criatividade


O DESIGNER DE EMBALAGENS DE CD CHEGA AO INFERNO

Conto do comediante Steve Martin

Rafo Castro, designer e ilustrador

Os portões flamejantes do inferno se abriram e o designer de embalagem de CDs entrou para a fanfarra do Diabo.
- Queríamos ele aqui em embaixo havia tempos – disse o Coisa-Ruim a seus lacaios –, mas resolvemos esperar, porque ele estava fazendo um trabalho tão bom lá em cima, embalando CDs com celofane e aquela fita. Convidem-no para jantar e chamem também o pessoal dos manuais de computador.
O Diabo desapareceu, perdendo a calorosa demonstração de afeto oferecida ao inventor.
- O próprio Belzebu sofreu um talho horrível no dedo tentando abrir “O Melhor de Bárbara Sreisand” – sussurrou um diabrete.
Uma serpente aproximou-se sinuosamente e enrolou-se na perna do inventor.
- Ele vivia encantado com o pessoal do controle remoto e seus minúsculos botões amontoados e abreviaturas enigmáticas – contou a cobra –, mas agora só quer saber de você, você e você. Venha, vamos aprontá-lo para o jantar. Podemos falar de sua tarefa mais tarde.
Enquanto a serpente guiava o recém-chegado até os quartos de vestir do inferno, uma expressão de curiosidade surgiu em seu rosto.
- Como você fez? – perguntou ela. – Como fez para criar aquela embalagem? Todos aqui querem saber.
O inventor, com os pés confortavelmente em chamas, e lisonjeado com todo aquele reconhecimento, se sentiu em casa.
- A embalagem “caixa de jóia” plástica original era fácil demais de abrir – explicou ele. – Quer dizer, se vamos impedir o acesso ao consumidor, por Deus, vamos impedi-lo de verdade! Eu queria uma embalagem que fizesse o consumidor correr à cozinha em busca de uma faca, assim havendo uma chance de pelo menos ele cortar a mão.
- Foi quando você teve a idéia do invólucro plástico? – quis saber a serpente.
- Isso serviu por um tempo. Eu gostava porque não havia nenhum lugar para enfiar a unha e rasgar, mas eu sabia que podia melhorar ainda mais. Foi quando pensei no celofane, celofane com a ilusão de uma fita para abertura, onde na verdade não existe fita.
Naquela noite, no jantar comemorativo realizado uma vez a cada era para homenagear os recém-chegados, o inventor sentou-se à direita do Diabo. À esquerda sentou-se Cérbero, o cão de guarda de Hades e famoso designer do abacaxi. O Diabo bateu papo com o inventor a noite inteira e depois pediu a ele que abrisse outra garrafa de vinho, dessa vez com um saca-rolhas de duas pontas. O inventor suou, e uma hora depois a garrafa foi aberta.
A princípio, ninguém percebeu o tumulto abafado vindo de cima, que logo se transformou num clamor prolongado. Todo o grupo acabou olhando pro teto, e o Diabo notou que a atenção de todos se desviara. Ele olhou para cima.
Três anjos pairavam no éter, cada qual segurando um objeto. O inventor reconheceu cada um deles: a caixa de leite, o saco plático ziploc e a banana, três embalagens de design perfeito. Ele se lembrou de como costumava admirá-las antes de se voltar para o mal. Os três anjos deslizaram em direção ao tablado.
Um deles segurou o ziploc sobre o pessoal dos frascos de aspirinas e banhou-os numa luz etérea. Um brilho amarelado que saiu da banana inundou o cão dos infernos Cérbero, designer do abacaxi, e a caixa de leite derramou sua luminosidade branca na direção do embalador de CDs. O Diabo levantou-se, rosnou algo em latim enquanto súcubos voavam de sua boca e então, irritado, pediu licença e saiu.
Após esse fiasco, o inventor voltou para seu quarto e usou os cinco controles remotos necessários para operar o videocassete. Frustrado, fechou os olhos e pensou na eternidade que o aguardava no inferno e em como provavelmente nunca mais veria um floco de neve ou um picolé de chocolate. Mas, então, lembrou da bela refeição que acabara de fazer e de seus novos amigos, e concluiu que flocos de neve e picolés de chocolate não eram tão deliciosos assim. Pensou que a eternidade vindoura podia não ser tão ruim, afinal. Uma batida na porta, e a serpente entrou.
- O Diabo me pediu que lhe passasse sua tarefa – disse ela. – Às vezes ele sente dores de cabeça terríveis e quer que você esteja lá para abrir o frasco de aspirinas.
- Acho que consigo fazer isso – respondeu o inventor.
- Mas fique sabendo que ele gosta de uma aspirina nova a cada vez, de forma que você vai ter de retirar o aro de segurança, a tampa à prova de crianças e o selo de alumínio – explicou a serpente.
O invetor suspirou aliviado.
- Sem problemas.
- Que bom – disse a serpente, virando-se para sair.
Foi então que um tremor percorreu o corpo do inventor.
- Só me diga uma coisa – a voz dele tremia de nervozismo. – Quem vai tirar o algodão de dentro do frasco?
A serpente voltou-se devagar, seu rosto transformando-se no semblante de Belzebu. Então sua voz ficou mais grave e se alterou, como se viesse das entranhas do inferno:
- Você, ora! – respondeu. – Rá, rá, rá, rá, rá!

(fonte: Livro Rir é o Melhor Remédio – Seleções Reader´s Digest)

ARTE - Marchetaria

Marchetaria, ou marqueteria, (fr.marqueter, embutir) é a arte ou técnica de ornamentar as superfícies planas de móveispainéis,pisostetos, através da aplicação de materiais diversos, tais como: madeirametaismadrepérolapedrasplásticosmarfim e chifres de animais, tendo como principal suporte a madeira. De acordo com a técnica utilizada pode-se construir objetos tridimensionais,esculturas, utilitários, jóias, etc. Aqui no Brasil, essa arte está mais relacionada a madeira.
Marchetaria oriental com madrepérola
A arte de embutir madeiras coloridas em superfícies de madeira, de modo a contrastar, para criar projetos artísticos, foi praticada habilidosamente pelos egípcios antigos. Das minas de cobre próximas desenvolveram o bronze, com que fizeram as lâminas dentadas para se usar como serras.

Normalmente a marchetaria está ligada a peças clássicas ou antigas, porém novos artistas dão novos usos a ela em várias áreas.


Davi de Carvalho (da Marchetaria Brasil) com uma de suas obras sacras.
A marchetaria pode atuar no desenvolvimento de produto de várias áreas: construção de objetos utilitários; bijuterias; reciclagem de móveis; painéis para decoração; quadros; esculturas; restauração, etc.


Bijuterias com trabalhos de incrustação: pode-se usar ossos, madrepérola, madeira, metais, etc.
O designer ou arquiteto que trabalha com decoração de interiores pode aproveitar bastante essa arte para um toque pessoal em objetos e móveis, vale a pena conhecer mais e valorizar esse trabalho milenar.


Painél em madeira para parede

Cachepôs para velas em madeira
Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marchetaria


Uma boa aula de marchetaria

terça-feira, 5 de novembro de 2013

DESIGN - Dia Nacional do Designer


Hoje é um dia de muita alegria para mim, o Dia Nacional do Designer, profissão que amo e que tenho o prazer de desempenhar. A profissão de designer é algo ainda obscuro para muitas pessoas aqui no Brasil, não vou aqui fazer um artigo explicando tudo que um designer pode fazer, e o quanto é importante para sociedade. 

Bem, podemos falar mais nesse post sobre esse dia em específico. O dia 5 de Novembro é a data escolhida em homenagem ao aniversário do grande designer pernambucano Aloísio Magalhães, que é considerado um dos pioneiros na introdução do design moderno no Brasil, tendo ajudado a fundar a primeira escola superior de design neste país, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI). É normalmente considerado pela crítica um dos mais importantes designers gráficos brasileiros do século XX.




Além de designer, foi artista plástico e secretário de cultura do Ministério da Educação e da Cultura (MEC). Foi diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e esteve sempre ligado a questões próprias da cultura brasileira. Fundou em 1960 o escritório M+N+P em conjunto com Luiz Fernando Noronha e Artur Lício Pontual, posteriormente se transformando na atual PVDI - Programação Visual Desenho Industrial. Ao lado dos novos sócios Joaquim Redig e Rafael Rodrigues, projetou a identidade visual da Petrobrás, do IV Centenário do Rio de Janeiro. Em 1965, foi responsável pela criação da primeira marca da TV Globo, uma estrela de quatro pontas. Foi responsável pelo projeto gráfico das notas do cruzeiro novo (moeda adotada no país a partir de 1966). Foi também membro fundador d'O Gráfico Amador, uma private press que, através de suas experiências tipográficas, teve influência significativa sobre o moderno design gráfico brasileiro.
LIMA,Guilherme CunhaO Gráfico Amador: as origens da moderna tipografia brasileira,
 Edit.UFRJ, Rio de Janeiro, 199
Aloísio faleceu em Pádua, Itália em 1982, quando tomava posse como presidente da Reunião de Ministros da Cultura dos Países Latinos. 
Mas afinal, o que faz a profissão do designer tão importante? Olhe ao seu redor... imagine um mundo sem marcas, imagine-se andando num shopping que não tivesse sinalização, placas das lojas... Olhe pro seu aparelho de celular e imagine-o com uma tela limpa, sem desenhos, apenas palavras... as formas lindas do seu carro... olhe as páginas de um livro, de um jornal, da sua revista favorita, e imagine tudo numa página branca, com letras iguais, com textos iguais... Sabe aquela sua calça jeans com uma textura super bacana? advinha quem pensou na criação dela, no projeto de como executá-la? Sabe aquela tirinha plástica que você puxa e abre o biscoito, ou aquela embalagem bem criativa e diferente que te chama atenção no supermercado? Adivinha quem projetou? É isso aí!!! 
Embalagem de lenços umedecidos: adesivo prático que mantem o produto intacto.

Embalagem promocional da Vodka Smirnoff: plástico com textura de limão
que se desenrola como uma casca.
O seu mundo sem um designer seria outro, bem mais atrasado e feio!
Esta semana saiu uma matéria no jornal Folha de São Paulo sobre as novas perspectivas para essa área. Empresas que estiverem conectadas com esse profissionais, terão mais chances de despontar com inovações e criatividade.

A TODOS UM FELIZ DIA NACIONAL DO